Devemos fazer as vontades de nossos filhos? Antes de tudo é necessário ter em mente que nada em excesso faz bem, nem mesmo o que achamos ser o melhor para eles. Tomar atitudes equilibradas e com muita conversa é sempre a melhor escolha.
Muitos pais têm medo do impacto que determinadas atitudes podem ter nos filhos e, por conta disso, acabam permitindo que a vontade das crianças seja feita, sem pensar o quanto isso é prejudicial. Mas, se os pais deixarem que os filhos façam tudo o que desejam, não estão ensinando noções de limite nem do que podem ou não fazer.
A medida em que os pais aceitam a quebra de limites e o desrespeito às regras pré-estabelecidas, os filhos passam a não obedecer de modo a inverter os papeis. Com o tempo, as crianças começam a mandar nos pais e isso desestrutura qualquer possibilidade de se educar.
Quando os país estabelecem um diálogo com as crianças e explicam o verdadeiro motivo de tomar determinada atitude, por mais que as chateie ou frustre, elas acabam aceitando porque faz sentido. Entender porque não podem ter determinado brinquedo, por exemplo, facilita a aceitação e o respeito aos responsáveis.
Depois que os filhos entendem a função dos limites é bem mais fácil para moldar o comportamento, a fim de que possam aprender a conviver em sociedade e a como agir com os pais. A partir do bom relacionamento com a família, as crianças vão desenvolvendo a personalidade, a confiança e a autoestima.
É necessário que os pais ensinem o que é adequado ou não e o que é essencial e supérfluo. Pedir um brinquedo é aceitável, mas quebrá-lo de pirraça ou solicitar outro não é. Já o estudo é algo essencial e, portanto, os pais precisam dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo respeitado.
Estudar é uma responsabilidade que os filhos levam para a vida toda, mas caso não façam terão que arcar com a consequência de seus atos, de acordo com o estabelecido pelos pais. Depois de acabar o dever de casa poderão brincar, por exemplo. Quanto mais cedo os filhos compreenderem o que deve ser valorizado e o que é aceitável, mais fácil será para lidar com a fase da adolescência, na qual o comportamento construído só se acentua.
Amar não é agradar com mimos, dar presentes caros ou permitir que o seu filho faça o que bem entenda. Amar é educar, transmitir valores e ensinar o certo e o errado. Ver o crescimento e amadurecimento dos filhos não tem preço, por isso é necessário dedicar bastante tempo para educá-los com qualidade.
*Gostaríamos de saber o que você achou sobre esse tema. Deixe nos comentários como é ter que dizer ‘não’ para o seu filho e como se sente.
Por: Luiza Esteves